O Irã acelerou sua produção de urânio enriquecido a 60%, de acordo com a AIEA.

O Irã acelerou o ritmo de produção de seus estoques de urânio enriquecido para 60%, um nível próximo aos 90% necessários para produzir armas nucleares, de acordo com um relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) visto pela AFP no sábado.
O urânio enriquecido total atingiu 408,6 kg em 17 de maio, um aumento de 133,8 kg em relação aos três meses anteriores, em comparação com um aumento de 92 kg no período anterior.
“Este aumento considerável na produção e acumulação de urânio altamente enriquecido por
O Irã, o único estado sem armas nucleares que produz esse tipo de material nuclear, é motivo de grande preocupação", escreveu a agência nuclear da ONU no relatório.
A cooperação de Teerã é "menos que satisfatória", afirmou a AIEA no relatório, preparado a pedido das potências ocidentais.
"O Irã, em diversas ocasiões, não respondeu ou forneceu respostas tecnicamente confiáveis às perguntas da agência e liberou locais, o que prejudicou as atividades de verificação da agência em três instalações não declaradas, a saber, Lavisan-Shian, Varamin e Turquzabad, criticou a AIEA.
O Irã negou repetidamente ter ambições de se tornar uma potência nuclear, mas defende seu direito de usar urânio enriquecido para gerar energia.
Nas últimas semanas, Teerã e Washington, inimigos há quatro décadas, realizaram cinco reuniões buscando um acordo sobre o programa nuclear do Irã.
A última rodada foi realizada em 23 de maio em Roma, sob a mediação do Sultanato de Omã, sem obter progressos significativos.
Irã condena relatório "político" da AIEA sobre seu programa nuclear O Ministério das Relações Exteriores do Irã denunciou no sábado como "político" e desequilibrado o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que indica que Teerã aumentou sua produção de urânio altamente enriquecido.
"A estrutura e o conteúdo deste relatório (...) preparado por razões políticas (...) são desequilibrados e carecem de avaliações abrangentes e adequadas dos fatores que afetam a situação atual", acrescentou o ministério em um comunicado.
Ele também acusou Israel de fornecer informações "não confiáveis e enganosas" à AIEA para uso em seu novo relatório sobre o programa nuclear do Irã.
eltiempo