Senado adia discussão de lei antilavagem de dinheiro

Sob o pretexto de que daria prosseguimento à análise final, o Senado da República retirou da pauta desta terça-feira o julgamento da Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro , devendo ser discutido no plenário nos próximos dias.

"Queremos fazer uma revisão final; não queremos que haja nenhuma; é uma questão muito, muito importante, e há necessidade de coordenação , inclusive entre todos os países. Temos que trabalhar na mesma direção", disse o presidente do Conselho de Administração, Gerardo Fernández.

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Ele disse que "foram encontradas algumas situações que justificam revisão" e, por se tratar de uma lei que combate o crime organizado e transcende fronteiras, decidiu-se pela realização de nova revisão.

Nesse sentido, Ricardo Anaya, coordenador dos senadores do PAN, considerou que essa decisão tem aspectos positivos e negativos.

Do lado positivo, ele enfatizou que a medida restaura os critérios do GAFI (Força-Tarefa de Ação Financeira), organização internacional dedicada ao combate e prevenção à lavagem de dinheiro. Estabelece controles para que uma pessoa não possa pagar mais de 300.000 pesos em dinheiro na compra de um carro.

Também não será possível pagar mais de 800.000 pesos em dinheiro quando se quiser comprar terras, e quando esse tipo de transação for realizada em dinheiro, as autoridades serão informadas. "Tudo isso é positivo e nós apoiamos", disse ele.

No entanto, ele ressaltou que o aspecto negativo da decisão é que "eles poderão espionar praticamente qualquer cidadão. Porque antes, apenas políticos eram considerados pessoas politicamente expostas, mas este artigo acrescenta que qualquer pessoa relacionada a um político — não esclarecem se é por parentesco, qual o grau de parentesco ou se é por ser vizinho — qualquer pessoa relacionada pode estar sujeita a monitoramento permanente".

Ele disse que tais críticas podem ser "uma das razões pelas quais o assunto está sendo revisto".