Festival de Ibagué 2025: Julio Reyes Copello traz para a 'Capital Musical da Colômbia' um modelo educacional que conecta arte, indústria e emoção.

O renomado produtor e compositor colombiano Julio Reyes Copello, vencedor de vários Grammy Latinos e um Grammy Inglês, se tornou uma das principais estrelas do Festival de Música de Ibagué 2025.
Sua passagem pela capital de Tolima não foi marcada apenas pela emoção de retornar à cidade depois de muitos anos, mas também por seu comprometimento em construir pontes entre a academia e a indústria musical.

Julio Reyes Copello Foto: Redes sociais
"Estou profundamente comovido por estar nesta cidade, por vivenciar sua natureza, seu povo e esta atmosfera única que flui quase sobrenaturalmente. Tudo o que sonhamos com este festival se tornou realidade graças a uma equipe maravilhosa ", disse Reyes Copello em seu discurso.
Além dos concertos, o maestro queria trazer um componente educacional ao festival que se envolvesse com o espírito do Conservatório de Tolima e do ecossistema educacional que o cerca.
Julio Reyes Copello adapta seu modelo de treinamento vencedor do Grammy Latino em Ibagué. A abordagem de Copello nasceu na Art House Academy, sua escola de música em Miami, onde ele elaborou um programa abrangente de formação artística. Essa metodologia, que já lhe permitiu acompanhar talentos vencedores do Grammy Latino de "Melhor Artista Revelação" por dois anos consecutivos, foi especialmente adaptada para o festival em um formato intensivo de quatro dias.

Julio Reyes Copello Foto: Redes sociais
"Eu queria trazer para cá uma experiência que dura um ano em Miami, mas condensada em quatro dias", disse o maestro.
Durante sua participação no festival, Reyes Copello também destacou a importância de resgatar as raízes do folclore colombiano como recurso criativo para as novas gerações. "A ferramenta mais eficaz para captar a atenção é olhar para onde ninguém mais olha. Nossas raízes são a chave para uma música distinta e poderosa", afirmou.
Com esse compromisso, o Festival de Ibagué conseguiu se consolidar, neste segundo dia de programação, como um espaço não só de concertos, mas também de educação, reflexão e do futuro da música na Colômbia.

Julio Reyes Copello com Julia Silvi, presidente da Fundação Silvi. Foto: mídia social.
Com este compromisso, o Festival de Ibagué reafirmou em seu segundo dia de programação que não é apenas uma vitrine de concertos, mas também um espaço de formação, reflexão e projeção para o futuro da música na Colômbia.
Copello insistiu que a música é muito mais do que entretenimento Reyes Copello afirmou que os artistas se tornaram um apoio emocional para as pessoas em meio a um contexto social difícil. "Os artistas hoje são um refúgio para uma sociedade em sofrimento", afirmou.
O professor esclareceu que os criadores não são obrigados a dar soluções aos problemas sociais, mas têm a capacidade de acompanhar e transmitir esperança : "Eles não precisam ter todas as respostas, mas têm que acompanhar e transmitir resiliência através da emoção."

Julio Reyes Copello Foto: Carlos Llamas
Copello também enfatizou que a música deve estar no centro do ensino, considerando-a a ferramenta mais poderosa para os jovens entenderem a vida de uma perspectiva diferente.
"É por isso que a música deve fazer parte da educação dos jovens: é a única maneira de entender o mundo a partir de uma perspectiva emocional, não apenas racional", concluiu.
Este grande evento, que começou na última quinta-feira, 4 de setembro, e dura quatro dias, foi consolidado pela Fundação Salvi, com o apoio do Governo Nacional, do Governo de Tolima e da Prefeitura de Ibagué. Segundo o diretor Copello, demonstrou que a capital de Tolima tem potencial para ser um terreno fértil para uma indústria mais sólida e conectada à identidade cultural do país.
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