Com inteligência artificial, 'Échele Cabeza' busca prevenir riscos relacionados ao uso de drogas.

A organização Acción Técnica Social (ATS), por meio de seu projeto líder em redução de riscos e danos, Échele Cabeza , apresentou o DroguIA , uma ferramenta de inteligência artificial ética, conversacional e colaborativa, criada para acompanhar pessoas que consomem substâncias psicoativas com informações selecionadas, baseadas em evidências científicas, acessíveis e livres de estigma.
Segundo Échele Cabeza, a DroguIA é o resultado de mais de 15 anos de trabalho territorial e comunitário, durante os quais mais de 37.000 pessoas foram assessoradas diretamente e mais de 600.000 foram alcançadas por meio de plataformas digitais e atividades presenciais.
"Esta ferramenta representa a evolução tecnológica desse processo, e seu propósito é claro: fornecer orientação confiável sem promover ou penalizar o consumo, com foco na saúde pública, redução de riscos e danos, participação do consumidor, direitos humanos e autocuidado", disse a organização em um comunicado.
Características desta IA- Conhecimento científico validado e confiável
O DroguIA consulta uma memória especializada compilada com mais de 100 documentos, protocolos internacionais e o trabalho de campo da própria Échele Cabeza , desenvolvido por profissionais multidisciplinares em química, sociologia, psicologia, medicina, serviço social e trabalho comunitário. Treinado com técnicas de recuperação aumentada, ele pode responder a perguntas sobre efeitos, combinações de risco, dosagem, adulterantes e precauções com base no contexto.
- Análise emocional e detecção de riscos emergentes
Um segundo mecanismo de inteligência artificial analisa conversas anonimamente para detectar novas gírias, substâncias, contextos de risco e padrões preocupantes , permitindo alertas antecipados. Embora não substitua o suporte profissional, oferece estratégias iniciais de contenção e encaminha as pessoas para atendimento especializado quando necessário.

A organização oferece serviços de testes de substâncias psicoativas todas as quintas e sextas-feiras. Foto: NÉSTOR GÓMEZ. El Tiempo.
- Abordagem inclusiva e sensível ao género
A DroguIA adapta suas respostas à identidade de gênero de cada pessoa, usa linguagem respeitosa e adapta suas respostas para considerar as lacunas sociais que afetam as experiências com substâncias.
- Dicas práticas para redução de danos
Mais do que dados técnicos, ele oferece recomendações concretas para cuidar da saúde mental, física e emocional de quem opta pelo uso de substâncias psicoativas.
- Capacidade de aprender e atualizar-se continuamente
Supervisionada por uma equipe humana, a DroguIA aprende com interações, corrige erros e recebe atualizações regulares, sob a liderança da ATS, com suporte técnico e criativo da Conciencias.
Progresso político e tecnológico Para Échele Cabeza, o desenvolvimento da DroguIA marca um avanço político e tecnológico ao posicionar a inteligência artificial como uma ferramenta útil para transformar políticas públicas relacionadas a substâncias lícitas e ilícitas. "Sua existência é um exemplo de como a inovação pode ser articulada com o ativismo social para conscientizar populações marginalizadas, dignificar as experiências dos usuários e promover mudanças estruturais na saúde e na justiça social", afirmam.
Além disso, espera-se que um primeiro patch de melhorias com base no uso da comunidade seja lançado 15 dias após o lançamento. Espera-se também que o aplicativo incorpore tópicos como microdosagem, geolocalização de tendências emergentes e expanda seu banco de dados com novas pesquisas.
Para conferir esta ferramenta, você pode visitar www.echelecabeza.com e procurar por brainiac.
eltiempo