O exame cardíaco que devem ser feitos por pessoas que praticam atividades como maratonas ou esportes de alta exigência: é coberto pelo EPS

Durante a edição de 2025 da Meia Maratona de Bogotá, realizada no domingo, 27 de julho, um participante morreu após desmaiar a poucos metros da linha de chegada. O corredor, que competia na prova de 10 quilômetros, foi imediatamente atendido pelos serviços médicos do evento e levado ao Hospital Infantil San José, onde seu óbito foi confirmado.
O incidente chocou os presentes e participantes do evento esportivo, considerado um dos mais importantes do país. A organização dos Correcaminos de Colombia lamentou e garantiu que o atleta receberá atendimento médico especializado o mais rápido possível. O Instituto Distrital de Recreação e Esporte (IDRD) também expressou suas condolências.
Embora mortes sejam incomuns nesse tipo de competição, os organizadores enfatizaram que o evento contava com um sistema de resposta médica robusto, com mais de 250 profissionais mobilizados para atender emergências. Apesar dessas medidas, o desfecho da corredora reabre o debate sobre os riscos cardiovasculares em atividades esportivas de alta intensidade.

A Meia Maratona de Bogotá reuniu mais de 42.000 pessoas. Foto: MAURICIO MORENO
Pacientes de apenas 23 anos com doenças cardiovasculares desconhecidas procuraram o consultório do cardiologista e chefe de medicina cardiovascular das clínicas Country e La Colina, Giovanni De La Cruz. São jovens, saudáveis, com boa alimentação e, em alguns casos, atletas de alto rendimento que, sem saber, sofriam de doenças cardiovasculares que colocavam suas vidas em risco ao praticar atividades físicas extenuantes.

Giovanni De La Cruz, chefe de medicina cardiovascular das clínicas Country e La Colina. Foto: Jairo Higuera García / Clínica El Country - La Colina
Segundo De La Cruz, embora esteja se tornando mais comum para jovens e pessoas de todas as idades praticarem esportes, algo que muitos não consideram é que é crucial saber se o coração está saudável e consegue responder às diversas demandas que a atividade física acarreta.
Por exemplo, aqueles que têm familiares que sofreram de algum tipo de doença cardiovascular (por exemplo, hipertensão, doença arterial coronariana, arritmias ou doença cardíaca) devem avaliar se seu coração está pronto para o esforço envolvido em esportes de alto rendimento.
Muitos pacientes começam a praticar esportes sem saber o estado basal do seu coração.
Para isso, existe um exame chamado "Avaliação de Risco Cardiovascular". Essa análise médica leva em média 40 minutos por paciente e, por meio de vários exames e exames simples, o cardiologista consegue determinar o estado atual do coração e se há alguma condição que possa causar problemas futuros.

Os jovens podem ter condições subjacentes que desconhecem. Foto: iStock
"A avaliação consiste em um ecocardiograma e um teste de esforço que nos permitem avaliar se há alguma anormalidade anatômica ou distúrbio elétrico no coração. O que fazemos é levar o coração à sua capacidade máxima para detectar patologias", enfatiza De La Cruz.
Esse teste é comumente realizado em pessoas com mais de 60 anos. Mas, para pessoas mais jovens, afirma De La Cruz, é altamente recomendado para evitar a possibilidade de que a ignorância da presença de uma condição preexistente possa levar a uma tragédia.
“Muitos pacientes iniciam a prática esportiva sem conhecer sua condição cardíaca de base. Existem diferentes tipos de patologias que podem predispor a doenças cardiovasculares ou eventos cardiovasculares por desconhecerem a condição do seu coração. Podemos observar isso em esportes de alto rendimento, como maratonas, jogos de futebol ou jogos longos de basquete, onde o coração precisa exercer o máximo esforço. Se você tem alguma alteração anatômica ou elétrica que predisponha a um evento cardiovascular, então você pode ter um”, enfatiza o médico.
Nesse sentido, ele ressalta, o convite é para que “o paciente, antes de praticar qualquer atividade que possa causar danos ao seu coração, passe por um exame para verificar seu quadro clínico inicial”.
Segundo o especialista, essa avaliação simples é fácil de solicitar. Se você quiser fazê-la através do seu EPS, é preciso agendar uma consulta para que seu clínico geral possa encaminhá-lo a um cardiologista, que então a solicitará. No país Um grande número de IPS é capaz de fazer isso.

Conhecer a condição do seu coração é essencial ao se exercitar. Foto: iStock
Por outro lado, nas Clínicas Country e Colina, você pode se inscrever por meio dos diversos planos de saúde oferecidos ou de forma particular. "Como todas as outras clínicas, temos equipamentos de última geração, mas oferecemos agendamento rápido. Você será atendido por um cardiologista (em alguns casos, um técnico em cardiologia realiza o exame, que é então interpretado por um cardiologista). Os resultados são analisados por um cardiologista em tempo real, permitindo uma interação rápida e uma ação ágil, se necessário", conclui o médico.
Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
eltiempo