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Pacientes comemoraram a decisão do Tribunal Constitucional sobre as tabelas técnicas da UPC do Ministério da Saúde.

Pacientes comemoraram a decisão do Tribunal Constitucional sobre as tabelas técnicas da UPC do Ministério da Saúde.
Pacientes Colômbia, movimento que reúne 200 organizações de pacientes em todo o país, manifestou nesta terça-feira sua preocupação com as conclusões do Tribunal Constitucional na Ordem 504 de 2025, que ordenou a suspensão imediata do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde e Proteção Social para revisar o valor da Unidade de Pagamento Per Capita (UPC).

A Procuradoria-Geral da República questiona o Ministério da Saúde por "descumprimento" de determinações judiciais nas mesas da UPC. Foto: Arquivo Privado

Como a decisão do tribunal superior foi notificada duas semanas após a conclusão das mesas redondas técnicas, a decisão determina que o Ministério da Saúde reinicie as mesas redondas de acordo com os parâmetros estabelecidos na decisão.
Em sua decisão, o Tribunal observa que o Ministério da Saúde impôs regulamentações restritivas, excluiu partes interessadas relevantes e usou a mesa redonda como um mecanismo formal sem efeito real. O Ministério Público, o Congresso, pacientes, sindicatos e partes interessadas do sistema de saúde relataram essas irregularidades em vários cenários. Nesse sentido, o Tribunal ordenou uma correção fundamental de suas diretrizes.
O tribunal superior concluiu em sua decisão que esses comitês não conseguiram garantir a participação efetiva, ignoraram as diretivas judiciais e não cumpriram seu propósito principal: revisar e ajustar urgentemente o UPC de 2024, que foi declarado insuficiente para financiar serviços e tecnologias de saúde.
Como sociedade civil, comemoramos esta decisão do Tribunal, mas estamos preocupados que os atrasos dificultem a tomada de decisões. As mesas redondas terminaram hoje e, se o governo estabelecer novos prazos, pode levar todo o ano de 2025 sem que os ajustes necessários sejam alcançados. As vítimas de hoje serão os mortos de amanhã. Esta é a nossa principal preocupação. Nosso direito à saúde não pode esperar. Hoje, milhões de colombianos enfrentam uma crise humanitária silenciosa: escassez de medicamentos, barreiras no acesso ao tratamento, atrasos em consultas e serviços fechados. A razão fundamental é a falta de recursos devido ao atraso da UPC (Unidade de Atenção Uninstitucional) desde 2021. Esta situação coloca em risco a vida e a dignidade de milhares de pacientes, especialmente aqueles que vivem com doenças de alto custo", disse Denis Silva, porta-voz da Pacientes Colômbia.

Denis Silva, porta-voz da Patients Colombia. Foto: Arquivo Privado

Como especialista voluntário perante o Tribunal Constitucional, Pacientes Colômbia participou ativamente das mesas-redondas técnicas convocadas com a Federação Colombiana de Doenças Raras (Fecoer) e o Observatório Interinstitucional de Doenças Órfãs (ENHU). Além disso, monitorou continuamente as diretrizes da Ordem Judicial 007 e reportou prontamente qualquer não conformidade detectada na formação e desenvolvimento desses comitês.
Exigimos que o governo nacional cumpra imediatamente as ordens do Tribunal Constitucional, garanta um grupo de trabalho verdadeiramente participativo, diverso e técnico e defina sem mais demora o ajuste justo do TUP de 2024 e seu mecanismo de correção. Como órgãos dirigentes do sistema, cabe a vocês priorizar o direito fundamental à saúde em detrimento de decisões políticas ou orçamentárias", acrescentou Luz Victoria Salazar, presidente do conselho de administração do Observatório Interinstitucional de Doenças Raras (ENHU).
Pacientes da Colômbia reiteraram seu pedido urgente ao Governo Nacional e ao Ministério da Saúde para que cumpram imediatamente as ordens do Tribunal Constitucional. Não podemos mais adiar decisões decisivas sobre a adequação do Plano de Ação Comunitária (UPC). A difícil situação financeira do sistema de saúde, agravada pela falta de recursos, coloca em risco o atendimento e a vida dos pacientes. É hora de garantir uma participação real e efetiva que permita o desenvolvimento de soluções técnicas e sustentáveis ​​para o financiamento da saúde. O tempo está se esgotando. A crise humanitária não pode esperar. Cada dia de adiamento agrava o sofrimento dos pacientes. Saúde é um direito, não uma opção”, concluiu Diego Gil, diretor executivo da Fecoer.

Diego Gil, diretor executivo da Fecoer. Foto: GUILLERMO TORRES REINA

Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
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