Artefato antigo roubado de Olímpia na Grécia é devolvido pelo Museu Metropolitano de Nova York

Atenas recebeu na terça-feira, 25 de fevereiro, a restituição pelo Museu Metropolitano de Nova York (MET) de um antigo objeto de bronze roubado do sítio de Olímpia na década de 1930, uma repatriação que faz parte dos esforços da Grécia para recuperar "seus tesouros".

O diretor do MET, Max Hollein, devolveu à ministra da Cultura grega, Lina Mendoni, "uma cabeça de grifo de bronze datada de 650-625 a.C. que ocupava um lugar importante no departamento de antiguidades gregas e romanas" do museu americano, de acordo com uma declaração ministerial. Este objeto de 25,8 cm, que originalmente fazia parte da decoração de um caldeirão de trípode que servia oferendas aos deuses, "é um exemplo excepcional da metalurgia grega antiga", disse o ministro citado no comunicado à imprensa.

O objeto foi roubado em 1936 do museu local no local de Olímpia, no sul do Peloponeso, o berço dos antigos Jogos Olímpicos. Foi então vendido por um negociante de antiguidades grego ao seu colega americano Joseph Brummer antes de ser comprado pelo financista e ex-vice-presidente do museu Walter C. Baker, que o legou, junto com outros objetos de sua coleção, ao MET em 1971, disse o ministério.

"É uma repatriação de um dos objetos mais emblemáticos da nossa coleção de antiguidades", disse Max Hollein. Referindo-se a uma investigação realizada pelo MET, ele confirmou que o objeto "não havia saído legalmente de seu país de origem, a Grécia".

Lina Mendoni lembrou que a Grécia "foi um dos países cujos tesouros culturais foram roubados e estavam sujeitos ao tráfico ilegal". "Todas as antiguidades removidas ilegalmente de qualquer país devem ser devolvidas ao seu local de origem", ela reafirmou.

A Grécia assinou um acordo com o MET em 2022 para a repatriação gradual ao longo dos próximos 25 anos de 161 antiguidades da Idade do Bronze que pertenciam à coleção do bilionário e filantropo americano Leonard Stern. Rica em história antiga, a Grécia luta há décadas pela repatriação de antiguidades saqueadas, particularmente pela devolução dos Mármores do Partenon, mantidos pelo Museu Britânico desde o século XIX.