Sítio de Suresnes abandonado para projeto de museu memorial ao terrorismo

A saga do Museu Memorial do Terrorismo continua. O museu não será inaugurado em Suresnes (Hauts-de-Seine), mas em outro local na região da Île-de-France, que será inaugurado até o final de setembro, informou a Agence France Presse (AFP) junto à instituição na segunda-feira, 8 de setembro. A decisão foi tomada após uma reunião no Palácio do Eliseu na terça-feira, 2 de setembro, entre assessores do presidente Emmanuel Macron e autoridades do grupo de interesse público responsável pelo projeto.
O Palácio do Eliseu propôs "três ou quatro" locais sob a tutela do Ministério das Forças Armadas na região de Paris, em vez do sítio de Suresnes, incluindo um dentro da própria Paris, acrescentou o historiador Henry Rousso, presidente da missão preparatória do museu. "O sítio de Suresnes foi abandonado por ser muito caro", disse Rousso.
A escolha do novo local, menos custoso que o de Suresnes porque exige obras menos extensas, deverá ser anunciada no final de setembro, algumas semanas antes do décimo aniversário dos atentados de 13 de novembro de 2015. Contatado pela AFP, o Elysée não respondeu.
Contexto orçamental tensoO museu seria construído no local de uma antiga escola ao ar livre, localizada na colina de Mont Valérien, a cerca de dez quilômetros a oeste de Paris, e classificada como monumento histórico. Mas "a restauração do edifício histórico absorveu cerca de 90% a 95% do orçamento da construção", enfatizou o Sr. Rousso.
Anunciado em 2018 pelo Sr. Macron, o projeto passou por múltiplas vicissitudes, principalmente devido a um contexto orçamentário tenso. Inicialmente planejado para 2027, o futuro museu memorial "visa prestar homenagem às vítimas do terrorismo na França e no mundo", segundo o site dedicado a ele.
Financiado por quatro ministérios (Justiça, Cultura, Interior e Forças Armadas), o projeto também visa apresentar a história do terrorismo em nível internacional. Em novembro de 2024, o governo de Michel Barnier abandonou o projeto por razões econômicas, gerando revolta entre diversas associações de vítimas. Em janeiro, o Sr. Macron finalmente reafirmou seu compromisso com a execução do projeto.
O mundo com a AFP
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