ANSM alerta para os perigos dos medicamentos antiobesidade falsos vendidos na internet e toma medidas legais

A Agência Francesa de Segurança de Medicamentos (ANSM) anunciou na quinta-feira, 11 de setembro, que tomou medidas legais para pôr fim à venda e publicidade ilegais na internet de produtos apresentados como tratamentos antiobesidade (aGLP-1), muito populares nas redes sociais.
"A venda e promoção não autorizadas de medicamentos aGLP-1 na internet são ilegais. Os produtos vendidos podem ser falsificados e colocar em risco a saúde de quem os utiliza", alerta a agência de saúde, acrescentando que esse fenômeno de comércio ilícito afeta toda a Europa.
Esses medicamentos, indicados para o tratamento de diabetes e/ou obesidade, comercializados sob os nomes Ozempic ou Wegovy (princípio ativo: semaglutida), Saxenda ou Victoza (liraglutida), Trulicity (dulaglutida) ou Mounjaro (tirzepatida), são vendidos mediante receita médica.
No entanto, na França, apenas medicamentos de venda livre podem ser vendidos online, e somente por farmácias autorizadas. Apenas 838 farmácias francesas estão listadas como tendo atividade de venda online de medicamentos sujeitos a receita médica. Os medicamentos GLP-1 são vendidos legalmente apenas na forma de canetas injetáveis, mas circulam online em diversas formas, incluindo adesivos.
"Para pôr fim a essas atividades de vendas ilegais, a ANSM contatou o Ministério Público em abril de 2025" e "fez cerca de vinte denúncias contra cerca de dez sites de comerciantes" no portal Pharos do Ministério do Interior, que permite a denúncia de conteúdo ilegal na internet, de acordo com o comunicado à imprensa.
O tribunal foi solicitado a "tomar medidas legais contra os sites que realizam atividades de vendas on-line, particularmente pela prática ilegal de farmácia, bem como pelo uso fraudulento do logotipo ANSM", e a punir a divulgação na França de publicidade não autorizada ao público em geral para esses medicamentos, especifica a agência.

"Ao mesmo tempo, estão em andamento medidas da polícia sanitária visando proibir a publicidade e qualquer forma de venda online dos produtos em questão, com cerca de dez plataformas de venda online", acrescentou a agência de fiscalização de drogas, sem identificá-las. O comércio eletrônico levou à proliferação de sites não regulamentados, facilitando assim o desenvolvimento de um mercado global para drogas ilícitas.
BFM TV