A inovação impulsiona a saúde

CIDADE DO MÉXICO (EFE) — Inovação médica, inteligência artificial (IA) e tratamentos subcutâneos estão se consolidando como pilares para transformar o tratamento de doenças crônicas na América Latina, concordaram especialistas durante o Roche Press Day 2025, realizado na capital mexicana.
Especialistas observaram que o futuro da saúde dependerá da capacidade dos países de medir, antecipar e conectar serviços médicos às pessoas, reduzindo as lacunas que ainda impedem o diagnóstico e o tratamento oportunos.
“Quando o cuidado se concentra nas pessoas, não nas doenças, temos a oportunidade de mudar o sistema de saúde”, disse a oftalmologista Vanesa Flores Peredo, chefe do serviço de retina do Hospital Regional Adolfo López Mateos.
Ele explicou que o diagnóstico precoce é essencial para prevenir a perda de visão, especialmente em pacientes com diabetes. "Uma grande porcentagem desenvolve retinopatia diabética e um número igual desenvolve edema macular, as principais causas de perda de visão evitável", acrescentou.
Durante o encontro, especialistas enfatizaram a importância da detecção precoce e do uso de biomarcadores em condições como a esclerose múltipla. "Passamos de uma situação sem terapias para tratamentos que prolongam a autonomia e permitem que as pessoas cheguem aos 70 anos com bem-estar cognitivo", disse a neurologista Verónica Rivas Alonso, presidente da Associação Mexicana para o Estudo e Tratamento da Esclerose Múltipla (MEXCTRIMS). A pediatra Aída Máshenka Moreno, do Hospital Infantil Federico Gómez, enfatizou que os tratamentos subcutâneos representam uma revolução silenciosa: "Permitem que os pacientes recebam seu tratamento em casa, com maior segurança e autonomia."
Em termos de tecnologia, a IA está emergindo como uma ferramenta fundamental para agilizar diagnósticos e otimizar recursos. Enrique Ureña, Diretor de Serviços de Saúde em Quintana Roo, explicou que um sistema baseado em algoritmos reduziu o tempo de leitura de mamografias "de dois meses para 140 segundos". Rolf Hoenger, CEO da Roche para a América Latina, enfatizou que "a inteligência artificial não substitui o médico; ela o ajuda a tornar os diagnósticos mais rápidos e o acesso mais equitativo".
Especialistas concordam que a tecnologia deve ser acompanhada por políticas de inclusão e equidade. A pesquisadora Déborah Itriago alertou que "se não compreendermos como a identidade, o gênero ou a etnia influenciam o acesso, a inovação pode ampliar as lacunas". Em conclusão, o futuro da saúde regional será definido pela capacidade de prevenir, mensurar e antecipar, sem esquecer — como destacou Ureña — que "a tecnologia não substitui o contato humano, mas pode aproximar a saúde do território".
Num relance
Diagnóstico precoce
A detecção de doenças em estágios iniciais permite tratamentos mais eficazes, melhora a qualidade de vida e reduz os custos hospitalares, especialmente para condições crônicas como diabetes e retinopatia.
Uso de IA
A IA acelera diagnósticos e melhora o uso de recursos
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