Fórmula 1: GP do Mónaco com duas paragens obrigatórias – em nome da competição
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O Conselho Mundial de Automobilismo da FIA (Federação Internacional do Automóvel) tornou obrigatório o regime de pelo menos duas paragens durante o Grande Prémio do Mónaco. A decisão foi conhecida esta quarta-feira, 26 de Fevereiro, e tem como objectivo aumentar a competitividade e emoção da corrida.
Mudam os pilotos e os carros, mas as críticas ao circuito mantêm-se de ano para ano. Quando olhamos para o calendário anual da Fórmula 1, o traçado do Mónaco é o que oferece menos hipótese de ultrapassagens. Apesar de os acidentes e infortúnios de mecânica acontecerem na mesma, são raríssimas as vezes que vemos uma classificação final diametralmente oposta à que se verifica na qualificação.
A configuração citadina e esguia é outra das razões para a falta de oportunidades de ultrapassagem. Um centímetro demasiado perto do muro ou uma manobra em falso podem culminar num acidente que coloca fim à corrida. As equipas aconselham os pilotos, muitas vezes, a reduzirem o risco e a esperarem pacientemente pelos erros dos adversários que possam abrir janelas de oportunidade.
Com duas paragens obrigatórias, as equipas são agora forçadas a pensarem em novos planos de estratégia para a corrida com 76 voltas.
Além da implementação desta alteração de regulamento, o regime de duas paragens obriga os pilotos a levarem à corrida pelo menos duas composições distintas de pneus – em caso de condições de pista seca.
A temporada de Fórmula 1 tem arranque na Austrália, no mês de Março. No fim-de-semana de 25 de Maio, os pilotos rumam ao principado do Mónaco para a corrida de Monte Carlo, sendo que as alterações aprovadas nesta quarta-feira vão ser já aplicadas nesta corrida, a oitava de 24 provas.
Entre quarta e sexta-feira, as equipas concentram-se no circuito internacional do Bahrein para os primeiros testes do ano. Esta é a primeira oportunidade para os adeptos deste desporto motorizado verem os novos carros em acção. É também a altura da estreia oficial em pista de Lewis Hamilton com o vermelho da Ferrari, depois de o piloto campeão do mundo, por sete vezes, ter deixado a Mercedes após 11 anos de ligação.
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