Hamas recusa continuar negociações até Israel libertar prisioneiros
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O Hamas considera o atraso de Israel na libertação de cerca de 600 prisioneiros palestinianos uma “violação grave” do acordo de cessar-fogo de Gaza que impossibilita as negociações sobre uma segunda fase, adiantou esta terça-feira fonte do movimento islamita palestiniano.
No âmbito do acordo de tréguas, Israel deveria libertar os prisioneiros no passado fim de semana, depois de o Hamas ter devolvido os reféns feitos durante o ataque de 7 de outubro de 2023.
Mas Israel atrasou a libertação devido ao tratamento dado aos cativos, que foram exibidos perante multidões.
Um alto funcionário do Hamas disse esta terça-feira à agência Associated Press (AP) que o grupo militante tinha “cumprido integralmente todas as disposições dos acordos” e que o atraso poderia causar o colapso do cessar-fogo.
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O Presidente israelita Isaac Herzog pediu esta terça-feira desculpas em nome do Estado ao ex-refém Oded Lifshitz durante o seu funeral, depois de o seu corpo ter sido devolvido no âmbito do acordo de cessar-fogo em Gaza.
“Lamento que, perante tamanha crueldade desumana, tenha sido deixado sozinho. Lamento não ter conseguido resgatá-lo e trazê-lo a si e a todos os seus amigos para casa em segurança, longe das garras dos assassinos. Peço desculpa”, referiu o Presidente israelita.
O Presidente israelita sublinhou a importância de devolver os restantes 63 reféns, entre os quais se contam cerca de 30 mortos.
“Não vou descansar nem ficar em silêncio até que todos estejam em casa”, prometeu Herzog.
O corpo de Lifshitz foi devolvido no âmbito da sétima troca de reféns israelitas por detidos e prisioneiros palestinianos, juntamente com os das crianças Ariel e Kfir Bibas.
O corpo de Shiri Bibas, a sua mãe, de origem argentina, foi devolvido um dia depois, uma vez que o Hamas tinha inicialmente entregado o corpo de uma mulher de Gaza.
Desde então, Israel não libertou os 620 detidos e prisioneiros palestinianos após a devolução dos quatro corpos e a libertação de outros seis reféns vivos no sábado, 23 de fevereiro, o que, segundo o Hamas, impede o início das negociações para que o cessar-fogo não termine no final da sua primeira fase, no sábado.
observador