PCP diz que reconhecimento da Palestina é urgente

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O PCP defendeu esta quinta-feira que o reconhecimento do Estado da Palestina é urgente e já deveria ter acontecido, considerando que a decisão do Governo “é inseparável da pressão da opinião pública” e não pode ter um “arrastamento no tempo”.
“Face ao anúncio de contactos por parte do Governo sobre um eventual reconhecimento do Estado da Palestina, remetendo para setembro eventual decisão, o PCP reitera que tal decisão urge e já deveria ter sido concretizada, como o PCP propôs reiteradamente na Assembleia da República”, pode ler-se num comunicado enviado pelo partido liderado por Paulo Raimundo.
Na perspetiva dos comunistas, o anúncio feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, “é inseparável da pressão da opinião pública e do amplo movimento de solidariedade com o povo palestiniano face aos crimes em curso perpetrados pelo Estado de Israel”.
Para o PCP, o reconhecimento do Estado da Palestina “não deve ser sujeito a condicionalismos externos e a um arrastamento no tempo, como pretende o Governo”.
Esta decisão, segundo os comunistas, “deve ser necessariamente acompanhada da condenação e da exigência do fim do genocídio em curso, dos bombardeamentos e ataques por parte do Estado de Israel em Gaza e na Cisjordânia”.
O PCP pede ainda a “concretização dos direitos nacionais do povo palestiniano, condição essencial para uma paz justa e duradoura no Médio Oriente”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta quinta-feia que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a “considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano” na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.
“O Governo decidiu promover a auscultação de sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Partidos Políticos com representação na Assembleia da República, com vista a considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano, num procedimento que possa ser concluído na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de Setembro”, anunciou o primeiro-ministro, em comunicado.
observador