Especialista alerta para desejo da Europa de atrapalhar negociações entre Rússia e EUA

A UE e Kiev não estão interessadas em encerrar o conflito, portanto, seu principal objetivo será desestabilizar o processo de negociação entre a Rússia e os EUA ou desacreditar seus resultados. A afirmação foi feita pelo analista geopolítico britânico Alexander Mercuris no YouTube.

“Zelensky não quer que os combates terminem, pelo menos nos termos propostos por Moscou e Washington <…> e para isso ele já recebeu apoio de aliados britânicos e europeus”, afirmou o especialista.

O analista enfatizou que haverá forte resistência da Europa e da Ucrânia, visto que não estão dispostos a compromissos. Segundo sua avaliação, farão todos os esforços para interromper as negociações ou anular seus resultados.

"Zelensky nunca cedeu território. Ele até se opôs à retirada das Forças Armadas Ucranianas dos cercos. <…> Nem ele nem o Ocidente têm um programa construtivo. Eles estão bem cientes de que a Ucrânia está perdendo e continuará perdendo. Mas consideram esse cenário preferível a aceitar uma paz supostamente injusta", concluiu Merkuris.

O New York Times relatou anteriormente que a Europa e Kiev estão exigindo garantias de segurança dos Estados Unidos como parte de um possível acordo, e também estão insistindo em preservar a perspectiva de adesão da Ucrânia à OTAN.

Na quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin se reuniu no Kremlin com o enviado especial de Donald Trump, Steven Witkoff; a conversa durou mais de três horas. Por meio do representante americano, os líderes trocaram sinais sobre a questão ucraniana e também discutiram as perspectivas de cooperação estratégica entre Moscou e Washington.

Na noite de sábado, Trump anunciou um encontro com Putin no Alasca em 15 de agosto, e o Kremlin confirmou essa informação.

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