Bebês hiper-realistas agitam o Brasil!

Bonecas hiper-realistas são frequentemente usadas para terapia de luto ou prática parental. No entanto, no Brasil , esses bebês se tornaram um tópico de debate político. Dezenas de donos de bebês hiperativos se reuniram no Parque Villa Lobos, em São Paulo.
Influenciadores também postaram vídeos virais encenando situações como simulações de parto e passeios em shoppings com bonecos de bebês feitos à mão, conhecidos como bonecas “renascidas”.

Uma mulher supostamente levou um bebê de mentira para o hospital. Embora a mídia local tenha relatado que as autoridades de saúde não registraram nenhum caso desse tipo, a questão foi levantada no congresso brasileiro. Começaram as discussões sobre a imposição de multas para aqueles que buscam ajuda médica para esses bebês.
Berenice Maria, auxiliar de enfermagem e colecionadora de longa data que tem oito bonecas, disse que elas proporcionam conforto emocional. "Eu amo os renascidos, apesar do ódio que vemos lá fora. Quero o direito de sair com eles, de ir ao shopping, de ir ao parque", disse ela.
João Luiz, deputado do estado do Amazonas, compareceu à assembleia estadual com uma boneca para anunciar planos de proibir que bebês renascidos recebam atendimento no sistema público de saúde do estado.

CRITICADO NO CONGRESSO
Na semana passada, a deputada Talíria Petrone criticou a atenção dos colegas ao tema. "Podemos nos concentrar nas coisas que realmente importam? Se alguém quiser ter uma boneca, que tenha. Eu tenho dois filhos de verdade e eles são mais do que úteis", disse ela.

A DEMANDA AUMENTOU
Daniela Baccan, coproprietária de uma loja de bonecas reborn em Campinas, São Paulo, disse que as bonecas são vendidas por entre US$ 124 e US$ 1.800.
À medida que o debate crescia, também cresciam as preocupações com a segurança .
“Estamos fechando mais a loja, adicionando câmeras, mas, ao mesmo tempo, a demanda online aumentou e há muito mais fluxo de pessoas na loja”, disse Baccan.


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