Coluna Viva Mais Fácil: Como manter um relacionamento em que ambos os parceiros conseguem respirar?

por Miriam Junge
2 minutosTer um parceiro pode ser maravilhoso. Mas às vezes, apesar de todo o romantismo, torna-se demais. A especialista Miriam Junge revela como podemos lidar com isso.
É disso que se trata: depois de um longo fim de semana com o parceiro, Lisa se sente vazia. Tudo estava indo bem: cozinhando juntos, caminhando, muita proximidade. E, no entanto, há uma vaga sensação de não conseguir respirar. "Eu o amo, mas preciso de algum tipo de espaço", diz ela em coaching com a especialista Miriam Junge. E pergunta: Tudo bem?
Psicoterapeuta Miriam Junge: A proximidade é frequentemente considerada uma marca registrada de bons relacionamentos. Aqueles que passam muito tempo juntos, conversam abertamente sobre tudo e preferem estar conectados o tempo todo parecem estar no caminho certo. Mas o que acontece quando a proximidade se torna excessiva? Quando nos sentimos limitados — apesar do nosso amor — sem saber exatamente por quê?
Proximidade e autonomia são duas necessidades psicológicas fundamentais. Queremos pertencer sem deixar de ser nós mesmos. Em um relacionamento, isso pode rapidamente se tornar uma fonte de tensão, especialmente se acreditarmos que uma contradiz a outra. Lisa está demonstrando os primeiros sinais: irritabilidade, desejo de se isolar e inquietação interior. Esses são indicadores típicos de que sua necessidade de proximidade está sendo atendida — mas sua necessidade de autonomia não.
Em vez de questionar o relacionamento de forma profunda, é melhor fazer uma pausa nesses momentos: Do que preciso agora? O que parece certo e o que parece opressor? No coaching, trabalhamos com um breve exercício: imagine seu termômetro interno de proximidade e autonomia. Onde ele está hoje? Está mais para "Quero ser abraçado" ou "Quero ar"? Essa pergunta por si só costuma trazer alívio, pois permite que ambos estejam presentes. Aí, a questão é a comunicação: como digo ao meu parceiro que preciso de espaço agora sem soar como uma rejeição? Lisa explica da seguinte maneira: "Estou gostando muito do nosso tempo, mas, ao mesmo tempo, percebo que preciso de um pouco de retiro para me concentrar novamente em mim mesma." Sem acusações, sem drama – apenas uma declaração honesta do estado atual.

Como lidamos com crises de relacionamento? Quando um término faz sentido? Por que as mulheres terminam de forma diferente dos homens? Respondemos a essas e outras perguntas em nosso dossiê em PDF sobre relacionamentos em crise.
Aqueles que conseguem interpretar melhor seus sinais de proximidade e distanciamento não só protegem a si mesmos, mas também o relacionamento. A longo prazo, a adaptação excessiva muitas vezes leva ao isolamento interno, enquanto uma comunicação clara possibilita a conexão – mesmo à distância.
Às vezes, ajuda criar conscientemente um tempo para si mesmo regularmente, antes que a necessidade de autonomia se torne avassaladora. Uma noite só para você, uma caminhada sozinho, um fim de semana com amigos. A proximidade não se torna menos valiosa só porque não é permanente. Pelo contrário: quem não se perde pode ser mais honesto consigo mesmo.
"Quanta proximidade é boa para mim?" não é uma pergunta egoísta, mas sim sábia. E nos tira da sobrecarga — e nos leva a um relacionamento onde ambos podem respirar.
Brigitte
brigitte