Infância e adolescência, chave no Plano Nacional de Desenvolvimento 2025-2030
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Meninas, meninos e adolescentes devem ser prioridade no Plano Nacional de Desenvolvimento 2025-2030, pois representam 30% da população mexicana.
De acordo com o Sistema Nacional de Proteção Integral de Meninas, Meninos e Adolescentes (SIPINNA) do Ministério do Interior, é fundamental garantir – por meio de políticas públicas e aumento de orçamento – que as crianças e os jovens do país tenham seus direitos fundamentais garantidos.
Com isso em mente, a SIPINNA e diversas organizações da sociedade civil, incluindo a Save the Children, apresentaram diversas propostas para fortalecer o Plano Nacional de Desenvolvimento, que foram obtidas por meio de fóruns de consulta realizados em oito estados do país.
Segundo Lorena Villavicencio Ayala, Secretária Executiva do Sistema Nacional de Proteção Integral de Meninas, Meninos e Adolescentes, a sociedade civil e o governo concordam sobre como proteger crianças e adolescentes no México.
“Temos grandes semelhanças e a mais importante delas, que faz parte das nossas grandes causas, é garantir que as crianças e os adolescentes sejam o eixo central das políticas públicas deste país; Estamos falando de 30% da população e estamos falando de uma população essencial para construir um futuro diferente. "Se realmente queremos pacificar o país, se queremos atingir uma série de objetivos importantes de desenvolvimento para o país, precisamos investir na infância e também cuidar da adolescência", disse ele em entrevista coletiva.
A lista de propostas para fortalecer o Plano Nacional de Desenvolvimento e atender melhor as crianças e adolescentes mexicanos inclui oito ações específicas.
Elas visam garantir a filiação universal aos serviços de saúde, acesso às certidões de nascimento e ao CURP; prevenir e tratar problemas de saúde mental e dependências; redução da pobreza; gerar ambientes seguros que promovam a parentalidade positiva e uma cultura de paz; melhorar mecanismos que os protejam da violência; garantindo que tenham acesso real à justiça, bem como às atividades artísticas e desportivas e fortalecendo a política nacional voltada para a primeira infância.
Questionada sobre os níveis de violência sofridos por muitos menores em suas casas, Lorena Villavicencio ressaltou que nem todas as famílias no México representam um ambiente de risco para crianças e adolescentes.
No entanto, ela admitiu que, segundo as estatísticas, 6 em cada 10 crianças no México sofreram algum tipo de violência na vida.
As famílias, portanto, também são corresponsáveis por essa violência e é essencial trabalhar com elas, disse a autoridade.
“Precisamos trabalhar muito seriamente com as famílias, cuidadores e todos os que são responsáveis pelas crianças; Sim, precisamos estabelecer uma nova forma de nos relacionarmos pautada no respeito, pois a normalização dos golpes resultou em uma sociedade que também tem uma alta dose de violência. Precisamos trabalhar nos lares, é onde a violência se origina, é onde ela é normalizada e não podemos esconder isso, e isso nos diz claramente que a questão da violência não é apenas uma questão de responsabilidade dos governos, mas também é uma questão de corresponsabilidade de diversas famílias", disse Lorena Villavicencio.
As entidades onde foram realizados os fóruns de consulta da “República da e para a Infância e a Adolescência” foram Puebla, Morelos, Tlaxcala, Cidade do México, Veracruz, Oaxaca, Chiapas e Estado do México.
Os resultados dessas transferências também serão utilizados para a elaboração do Programa Nacional de Proteção à Criança e ao Adolescente (PRONAPINNA).
Fundação UNNIDO; Casa Alianza e Serviços de Inclusão Integral e Direitos Humanos são algumas das organizações da sociedade civil que se destacam e participaram da construção das propostas divulgadas nesta terça-feira.
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