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Catherine Millet, a mãe e seus abismos

Catherine Millet, a mãe e seus abismos
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Ampliando sua obra autobiográfica, a autora relata em "Simone Emonet" o suicídio de sua mãe e seu desamparo diante da dor dos "doentes".
Catherine Millet em Paris, setembro de 2022. (Marie Rouge/Libération)

Ela hesita sobre a data, e a hesitação demonstrada sublinha a busca pela precisão — e então, em certo ponto, seu impasse. Em 21 ou 22 de março de 1982, Catherine Millet, então com 33 anos, foi visitar sua mãe, Simone, em seu apartamento em Bois-Colombes (Hauts-de-Seine). Leitores de Une enfance de rêve (Uma infância de sonho) (Flammarion, 2014) e Commencements (Flammarion, 2022), dois de seus livros autobiográficos anteriores, podem se lembrar dos lugares onde a escritora cresceu. Sua mãe está doente, de corpo e alma. Ela entra e sai do hospital com frequência. Sua filha se lembra de tê-la segurado apenas duas vezes. Ela também a viu uma vez, quando criança, pular pela janela. Ela não havia pulado.

Em 21 ou 22 de março, "não me lembro do que aconteceu enquanto estive no apartamento ou do que dissemos um ao outro. Apenas a última cena, no patamar, forma um bloco bem distinto e despojado, sempre com aquela luz loira

Libération

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