Em caso raro, mulher rompe aorta em relação sexual

Uma mulher de 45 anos precisou passar por uma cirurgia de emergência nos Estados Unidos depois de sofrer a ruptura da aorta durante uma relação sexual com o marido. O episódio foi descrito por médicos no American Journal of Case Reports.
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Enquanto mantinha relações com o marido, a paciente sentiu um estalo repentino no momento do orgasmo, acompanhado de uma dor intensa no peito, que irradiava para as costas.
Além da dor, relatou falta de ar e náuseas. Na ocasião, ela estava com as pernas apoiadas sobre o próprio peito, posição que pode ter contribuído para o aumento da pressão no tórax e abdômen.
Levado às pressas ao hospital, o caso foi analisado por meio de exames que identificaram um hematoma intramural na aorta torácica — sangramento dentro da parede do maior vaso sanguíneo do corpo, que pode evoluir para aneurisma ou ruptura completa da artéria, colocando a vida do paciente em risco.
O quadro foi agravado por fatores já existentes. A paciente convivia com hipertensão arterial sem controle há pelo menos um ano e fumava há quase duas décadas. Segundo os especialistas que atenderam a ocorrência, essas condições aumentam consideravelmente o risco de complicações cardiovasculares durante atividades que exigem esforço físico.
Embora o sexo costume ser classificado como atividade de esforço moderado, os médicos destacam que, em determinadas situações, a intensidade pode se equiparar a exercícios físicos mais exigentes – o que eleva a possibilidade de eventos cardiovasculares em pessoas com doenças preexistentes.
A equipe médica reforçou que a Síndrome Aórtica Aguda (SAA), grupo de condições no qual se inclui o hematoma intramural, apresenta alta taxa de mortalidade. A estimativa é que o risco de morte cresça 1% a cada hora sem o devido atendimento, sendo que cerca de 22% dos casos não são diagnosticados a tempo.
A paciente recebeu medicação inicial e foi submetida a uma cirurgia cardiotorácica. O quadro evoluiu bem e ela teve alta hospitalar após três dias, permanecendo sob acompanhamento ambulatorial.
IstoÉ