Ataque de drones à frota Global Sumud

A relatora especial da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, fez uma declaração na plataforma de mídia social da empresa X, sediada nos EUA, sobre a Flotilha Global Sumud, que partiu da Espanha em 31 de agosto para romper o bloqueio israelense.

Albanese afirmou que um ataque de drone foi realizado no barco principal da frota no porto da Tunísia, e que os outros dois barcos que se deslocavam em direção ao porto precisavam de proteção urgente.

"UMA PARTE DO NAVIO PEGOU FOGO"

Vail Nevvar, membro executivo da Declaração da Tunísia da Flotilha Global Sumud, organizada com o apoio de mais de 44 países em solidariedade à Palestina e para quebrar o bloqueio israelense, declarou que realizou um ataque de drone a um dos barcos vindos da Espanha em uma transmissão ao vivo em sua conta de mídia social.

O comunicado dizia: "Um navio espanhol pertencente à Flotilha Global Sumud foi atacado com um drone no porto de Sidi Busaid, na Tunísia, e parte do navio pegou fogo. De acordo com informações que recebemos de ativistas a bordo, uma substância incendiária foi lançada de um drone contra a embarcação."

As forças de segurança tomaram medidas de segurança na área portuária e fecharam o porto para a entrada de veículos e pessoas.

As autoridades tunisinas não fizeram nenhuma declaração sobre o ataque.

A frota global Sumud planeja partir da Tunísia na quarta-feira, 10 de setembro

Em declarações a um repórter da Agência Anadolu (AA) após os navios que partiam da Espanha chegarem à costa da Tunísia em 7 de setembro, Nevvar disse: "Levará aproximadamente dois dias para que todos os barcos da Espanha cheguem. Os barcos vindos da Espanha, juntamente com os barcos que chegam da Tunísia, partirão da Tunísia na quarta-feira. Nossa jornada para Gaza continuará na costa da Itália, com os barcos chegando daqui."

Cerca de 150 ativistas de diferentes países, incluindo dezenas de turcos e tunisianos, estão se preparando para embarcar em barcos desde 1º de setembro para se juntar à Flotilha Global Sumud na Tunísia.

Sumud, que significa "determinação" ou "resolução inabalável" em árabe, evoluiu para um conceito que descreve a opressão e a resistência entre o povo palestino após a Guerra dos Seis Dias de 1967. Sumud significa a necessidade de os palestinos permanecerem em suas terras, preservarem a identidade e a cultura palestinas e buscarem maneiras de resistir à ocupação e construir instituições alternativas por meio da desobediência civil não violenta. Na Palestina, a oliveira e a camponesa grávida são usadas para representar esse conceito.