O processo de entrega da Sanitas a um novo representante legal começou, anunciou a Supersalud.

O superintendente de Saúde Giovanny Rubiano anunciou que o processo de entrega da EPS Sanitas foi iniciado, depois que o Tribunal Constitucional anulou as resoluções que haviam intervindo na seguradora.
Segundo o funcionário, a entidade instaurou o processo enquanto o tribunal superior julga um pedido de anulação e um pedido de esclarecimento da decisão apresentados pela Superintendência de Saúde: "Embora tenhamos feito o pedido técnico, o Tribunal não se pronunciou. Portanto, senhor Ministro, procederemos à devolução da entrega aos seus importantíssimos proprietários", disse Rubiano.
A decisão do tribunal foi anunciada no final de junho, ou seja, já se passaram dois meses, após os quais os acionistas da Sanitas, liderados pelo Keralty Group, ainda não têm controle sobre a seguradora.
Em resposta, há duas semanas, o grupo Keralty e suas empresas Colsanitas, Medisanitas e a Colsanitas Prepaid Medicine Company, juntamente com o diretor da empresa na Colômbia, Juan Pablo Rueda, recorreram novamente ao Tribunal Constitucional para solicitar o cumprimento da Sentença SU-277 de 2025, na qual o tribunal superior anulou a intervenção administrativa.
O advogado dos autores afirmou na petição que “a Superintendência Nacional de Saúde não cumpriu a determinação deste Supremo Tribunal Federal, o que implica que persiste a violação dos direitos fundamentais protegidos pela norma constitucional constante da decisão supracitada”.

Superintendente de Saúde Giovanny Rubiano García. Foto: Superintendência Nacional de Saúde
A decisão do Tribunal, proferida em 26 de junho e notificada em 23 de julho, determinou que a Superintendência de Saúde violou o direito ao devido processo legal ao ordenar a aquisição da Sanitas. Consequentemente, anulou as resoluções que permitiram a intervenção e a prorrogação da medida. Os autores entenderam que essa ordem deve ser cumprida imediatamente.
Em instâncias anteriores, tanto o Tribunal Superior de Bogotá quanto a Suprema Corte de Justiça rejeitaram a ação protetiva, considerando-a inadmissível. No entanto, o Tribunal Constitucional decidiu reverter essas decisões e, em vez disso, manter o direito dos autores ao devido processo legal.
O Tribunal foi além, anulando as resoluções que levaram à aquisição e intervenção administrativa da EPS Sanitas. Especificamente, foram anuladas as seguintes:
- Resolução 2024160000003002-6 de 2 de abril de 2024, que ordenou a incorporação da EPS Sanitas por um ano.
- Resolução 2024100000003060-6 de 10 de abril de 2024, que corrigiu a anterior.
- Resolução 2025320030001947-6 de 1º de abril de 2025, que prorrogou a medida por mais um ano.
Todas essas resoluções, conforme explicado pelo Tribunal, violaram os direitos ao devido processo legal das entidades afetadas, levando o tribunal superior a ordenar sua anulação. A decisão detalha que esta decisão foi tomada "de acordo com as disposições da fundamentação desta sentença", afirmou o tribunal superior em um comunicado.
MATEO CHACÓN ORDUZ | Subeditor de vida
eltiempo