“Signed Bretécher”, a exposição que destaca todos os talentos do criador de “Agrippine”

Capas de resenhas para "Le Nouvel Observateur", ilustrações infantis, engajamento político... A rica retrospectiva que a Cité de la BD d'Angoulême dedica à ilustradora pretende revelar todos os aspectos de sua obra.
Claire Bretécher, uma observadora atenta das atitudes de seus contemporâneos. Aqui, "Duas mulheres em pé, vestindo suas calcinhas." CLAIRE BRETÉCHER
Para ir mais longe
É o que chamamos de deformação profissional. Na retrospectiva que a Cité de la BD d'Angoulême dedica à grande Claire Bretécher (1940-2020), só temos olhos para a parte da parede dedicada às primeiras páginas assinadas para "Le Nouvel Observateur". "França misógina" (1982), com uma mulher num parque infantil. "Você é mulher ou homem?" (1984), ilustrado por uma esfinge esverdeada de aparência cansada. Sob as famosas palavras de Cookie Dingler: "Ser uma mulher liberada... você sabe que não é tão fácil." (1985), uma mulher "frustrada" desabada em uma poltrona. Mas nossa preferência vai para "Bretécher deve ser queimado?" (1979), uma edição em resposta a cartas de leitores exasperados ao ver Teresa de Ávila caricaturada como uma "virago gananciosa" pelo autor. O desenho, no qual a santa parece pronta para lutar, é então usado em um anúncio para o jornal, com a legenda: "Claire Bretécher matou Mickey". A acuidade de suas ilustrações é elogiada: "Uma página de Bretécher em "Le Nouvel Observateur" é como um panfleto, uma grande reportagem sobre a vida cotidiana." QED.
Além da inegável contribuição para o sucesso da nossa revista, a exposição, com mais de 200 obras, visa destacar o amplo talento de Claire Bretécher. No campo da ilustração infantil, por exemplo, com sua estreia em "Le Pèlerin" e "Record", ou sua série "Les Gnangn…

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Le Nouvel Observateur